Banco do Brasil anuncia medidas de apoio para Pecuária de Corte

Banco do Brasil anuncia medidas de apoio para Pecuária de Corte

Tendo em vista a dificuldade de comercialização de bovinos para o debate após a deflagração da “Operação Carne Fraca”, o Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (29) medidas de apoio à pecuária de corte. As iniciativas dizem respeito à prorrogação de prazos de financiamentos em curso e a novas linhas para retenção e aquisição de animais. O produtor terá a possibilidade de estender, por um ano, os contratos de custeio e investimento com vencimento entre março e junho deste ano, a taxas de juros originais (que variam de acordo com a fonte de recurso contratada pelo produtor). Essa medida pode beneficiar 77 mil clientes que tem R$ 4,7 bilhões em operações passíveis de prorrogação. O banco informou ainda a definição de novas linhas de crédito para os pecuaristas, com a disponibilidade de R$ 1 bilhão, por meio de duas modalidades de empréstimos. A primeira é direcionada à retenção de duas modalidades de empréstimos. A primeira é direcionada à retenção de bezerros, matrizes e bois. A outra é alternativa de financiamento, com recursos próprios do banco, para aquisição de bovinos para recria e engorda. As novas linhas tem prazo total de pagamento de até dois anos, conforme programação de pagamento a critério do cliente, e as taxas variam entre 9,9% a.a e 12,75% a.a, dependendo do nível de risco e da capacidade de pagamento de cada produtor. Em função da incerteza de mercado gerada pela “Operação Carne Fraca”, alguns frigoríficos passaram a não comercializar gado e deram férias coletivas aos funcionários, alegando preocupação com a falta de mercado, seja interno ou externo para seus produtos. Para o pecuarista, pior que vender a preços baixos é não ter para quem vender. Assim, de certa forma, o anúncio destas medidas tranquiliza o tomador de crédito, que poderá evitar descapitalização neste período de restrição de compra, diante da possibilidade de prorrogação neste período de restrição de compra, diante da possibilidade de prorrogação das parcelas vincendas nos próximos meses. Ademais, os financiamentos para retenção do seu rebanho e para aquisição de animais ajudam a “injetar” capital de giro para custeio da atividade, bem como garantir a compra de animais no período programado. As medidas anunciadas pelo Governo Federal visam dirimir os impactos negativos aos produtores. Para obter mais informações, o produtor pode procurar as agências do Banco do Brasil a partir deste domingo (30).

Segundo a instituição financeira, a carteira de crédito do agronegócio atingiu R$ 179,8 bilhões em dezembro de 2016, dos quais 20,9 foram destinados à bovinocultura.